Miami (AFP)- O governo de Daniel Ortega na Nicarágua retirou o sinal do canal de notícias CNN en Español no país, sem indicar os motivos da intrepidez, informou a mídia norte-americana nesta quinta-feira.
Nesta quinta-feira, 22 de setembro, o governo nicaraguense encerrou o serviço em espanhol da CNN cativa americana, encerrando sua transmissão nos canais a cabo da nação centro-americana, segundo a mídia.
“O governo da Nicarágua eliminou nosso sinal de televisão, negando aos nicaraguenses notícias e informações de nossa rede, na qual eles confiam há mais de 25 anos”, disse a CNN en Español em comunicado.
CNN en Español é um canal de notícias pan-americano em espanhol de propriedade da CNN World, uma divisão de notícias da Warner Bros. Discovery, que destacou “o papel very important que a liberdade de imprensa desempenha em uma democracia saudável”.
“A CNN en Español continuará cumprindo sua responsabilidade com o público nicaraguense, oferecendo nossos hyperlinks de notícias no CNNEspanol.com, para que possam ter acesso a informações que não estão disponíveis de outra forma”, ressaltou.
Em Manágua, o governo Ortega não se pronunciou sobre sua intrepidez, nem mesmo as operadoras que carregam o sinal da CNN, que a empresa norte-americana disse ter consultado.
O cativeiro norte-americano foi a única saída crítica ao governo do presidente Ortega que permaneceu no ar no país centro-americano.
Opositores e jornalistas exilados
Desde os protestos em massa desencadeados em abril de 2018, Ortega e sua esposa e vice-presidente, Rosario Murillo, exerceram um controle rígido sobre a vida dos nicaraguenses e puniram com prisão as vozes dissidentes, sejam elas opositores, jornalistas ou até membros da Igreja. . Católico.
No ano passado, o Executivo da Nicarágua prendeu mais de 40 opositores e detratores, impondo penas de até 13 anos de prisão.
Entre os opositores presos, sete eram candidatos à Presidência para as eleições de 2021, nas quais Ortega foi reeleito pela quarta vez consecutiva.
Enquanto isso, o grupo Jornalistas e Comunicadores Independentes da Nicarágua estima que 200 jornalistas tiveram que deixar o país para relatar o que está acontecendo dentro de outros territórios da região.
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